Pensar em coisas simples parece que dá mais trabalho do que fazer coisas complicadas ou trambolhos como diria a minha avó.
Por exemplo, fazer um estacionamento em uma região central, um espaço todo pavimentado com ausência de verde e de alguma beleza, parece mais fácil do que construir um paraciclo de 3 metros. Uma amiga precisava fazer exames de rotina então pegou a sua bike e…. partiu laboratório, mas chegando lá o manobrista a olhou e perguntou:
_ O que você quer ? “É claro, trambolho são mais fáceis” pensou ela e na tentativa de diálogo pedagógico explicou que estacionamento tinha que receber veículos e apesar de não parecer, pois fininha, sustentável e muito prática, a bicicleta também o era .
Por que será que ainda há resistência para sermos felizes? Por que as coisas mais belas ficam invisível aos olhos dos homens? Por que resistimos à liberdade e queremos nos prender a padrões materialistas que nos aprisionam?
Como diria Platão, no Mito da Caverna, os homens preferem às sombras do que o sol que brilha lá fora. A vida é muito mais e pode ser simples prazerosa, depende de querermos ou não desamarrar o olhar e perceber que o planeta é nossa casa compartilhada, estamos unidos e está em nossas mãos a vida útil dessa moradia, pois ao continuarmos assim, acelerando rumo ao precipício, não precisamos de parcerias e tão pouco de veículos sustentáveis, porque para lá, quanto mais devagar melhor.
Contudo, prefiro acreditar na evolução dos seres humanos e, sendo assim, sei que da próxima vez que a minha amiga for fazer seus exames, encontrará um paraciclo e quem sabe conveniado ao Laboratório.