A transformação da cidade em uma cidade mais inteligente ao criar ambientes mais favoráveis a todos, precisa ter a bicicleta como uma ferramenta primordial para esta mudança.
Um dos maiores eventos sobre este tema que ocorre no Brasil, é o Connected Smart Cities & Mobility que ocorrreu neste mês de outubro em São Paulo.
O evento reuniu conferências temáticas, rodadas de negócios e networking, arenas exclusivas para apresentações de soluções em inovação e tecnologia além de premiar as cidades com mais de 50 mil habitantes que possuem os melhores indicadores, num ranking realizado pela mesma empresa do evento.
O conceito dos estudos é baseado na ISO 37122 DE 2019 e que foi traduzida pela ABNT. Esta norma considera a sustentabilidade como seu princípio geral e orientador para classificar uma cidade como inteligente, além de um conjunto completo de indicadores e desempenho da gestão de seus serviços urbanos.
Uma cidade inteligente é aquela que proporciona resultados crescentes em sustentabilidade social, econômica e ambiental, o engajamento da sociedade, respostas rápidas aos desafios das mudanças climáticas e como são usadas as informações de dados e tecnologias modernas.
E como as cidades podem se tornar mais inteligentes e garantir mais qualidade de vida para os cidadãos? Como inserir a mobilidade ativa como ferramenta importante para a sustentabilidade e bem-estar de todos?
A mobilidade ativa é toda forma de transporte que não é motorizada, como o caminhar e pedalar. Ela tem um papel muito importante para as cidades, reduz a poluição, faz as pessoas praticarem atividades físicas, melhora a gestão do tempo e ganho de qualidade de vida.
Essa é a solução. Isso é cidade inteligente. Parece fácil, mas não é.
Um evento tão grande como esse e ao buscar os painéis sobre o tema “mobilidade ativa”, encontrei um único debate moderado por Renata Falzoni, jornalista e criadora do canal Bike é Legal, com a presença de Nelson Pinto de Carvalho, Gestor de Négócios da Carbono Zero Courier, Heloísa Bento Ribeiro, Coordenadora do Projetos do Instituto Aromeiazero e de Priscilla Lundstedt Rocha, Chefe de Departamento de Educação para o trânsito – NITTRANS.
Com um público bem menor que os das outras plenárias, mas tão importantes quanto, ouvimos muitas iniciativas geniais e que contribuem muito para o bem-estar das cidades.
Deixo aqui meu desabafo, para que a mobilidade ativa, principalmente a bicicleta, consiga mais destaque em eventos tão importantes como esse. Queremos o Palco Principal. Queremos levar essa modalidade como ferramenta de inovação aos gestores de empresas e governos.
Afinal, não existe cidade inteligente sem pessoas inteligentes e engajadas, cidadãos preocupados com a sua qualidade de vida e da cidade e que decidiu ser o protagonista para soluções de trânsito, meio ambiente, saúde e educação. E isso o ciclista urbano tem muito a ensinar a todos.
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