Muito tempo passou desde a época em que as cidades foram pautadas apenas sobre ruas e avenidas, sem ao menos considerar a importância das nossas bicicletas.
Tá aí uma lembrança para esquecer sem remorso e deixar bem lá no século passado o tempo em que nossos destinos e a economia do desuso das bikes foram prejudicados sem se quer percebêssemos.
Será que posso pedir reembolso? Será que existe algum fundo perdido ou que congelou até que caísse a ficha da importância das bikes na economia local e mundial? Difícil sem dúvida! Então continuemos a Pedalar! Rsrs
Assim como as rodas giram, as cidades possuem seu mecanismo próprio de conexão, neste caso, podemos associar imediatamente que as vias representam e possuem o papel de conectar a tão famosa mobilidade urbana.
Desta forma, associar o passado e as cidades no contexto da nossa jovem democracia com seus 30 e poucos anos permite um ligeiro estado de alegria. Sim, alegria do ciclista aqui que acompanhou a evolução de leis tão importantes que foram estruturadas para dar suporte a uma trajetória de sucesso para cidades mais inclusivas, inserindo, principalmente e obrigatoriamente as ciclovias em seus planos diretores.
Leis federais como o Estatuto das Cidades de 2007 e da Mobilidade Urbana de 2012, foram marcos regulatórios de extrema complexidade que abriram os olhos para a importância das vias e das bicicletas no contexto urbano.
Diria que foram precursoras na formação do que hoje identifico como as Microvias Urbanas, onde quero dizer que já está ultrapassado o momento de falarmos apenas de ciclovias, pois além de atender aos ciclistas, esta MICROVIA pode hoje em dia inserir outros modais de mobilidade ativa, como patinetes, patins, monociclos, e quem sabe no breve futuro inserir até transportes individuais elétricos como os triciclos destinados aos idosos, como acontece em países com mais de 50 anos de ciclomobilidade por exemplo.
Ah, me perdoem esquecer o tema do artigo que se refere a economia sobre rodas…a esta altura não daria para retroagir e calcular o custo de implantação de uma ciclovia de 3 metros de largura em relação aos custos de uma rua de 8 metros para outros veículos maiores e mais pesados circularem.
Enfim, atualmente temos que Pedalar para frente e comemorar todas as leis, sejam as federais, estaduais e muito mais as municipais, como exemplo recente do projeto de lei 57/2022 da cidade de Botucatu-SP que implantou a inclusão de ciclovias em novos empreendimentos na cidade, caminhando, ou melhor, encaminhando a cidade que virou referência para mais um marco histórico em favor da “nossa Santa causa dos pedais”.
Fica aqui o agradecimento aos ciclistas de carteirinha, aos ciclo-ativistas de plantão e também a todos os que desejam aprender a Pedalar e recuperar sua economia perdida no asfalto esburacado e no tempo.
Autor Júlio Parreira
Mestre em Cidades Inteligentes e Sustentáveis
Pesquisador sobre Infraestrutura da Ciclomobilidade de São Paulo
Pós-Graduado em Gestão de Negócios
Graduado em Administração de Empresas & Marketing
20 anos de atuação com Mobilidade Urbana e Expansão de Negócios;
Ciclista, 40 anos pedalando por cidades do Mundo.
Gestor de negócios para formação de Bairros Inteligentes e Sustentáveis.